Doutor,
cansei de frescura. Cansei de meias palavras ou asneiras inteiras. Cansei de cu sujo e papel higiênico perfumado.
Chega uma hora que a gente precisa colocar certas coisas em perspectiva. Que coisas eu não sei, mas alguma coisa tem que ficar mais distante que a outra, no túnel retangular infinito da nossa vista prismática. Epifania. Pedofilia. Idolatria. Baixaria. Putaria Puritana e Feijoada Macrobiótica não descem nem com farofa de saquinho.
Cansei de ligar o rádio e ver político se explicando. Cansei de comentaristas explicando as explicações do político para nós, as bestas roubadas. Cansei de jingles inesquecíveis e tv's em pânico. Certo está o Trump, que esculacha, demite e ainda caga em dólar. O sonho do Justus não pode ser confundido com o sono dos justos.
Infame, sim, e daí? Pau no seu cu. Cansei de psiquiatras, que acham que são os guardiões da sanidade, e se masturbam com menininhas de meias três quartos. Cansei de divãs acolchoados e música new age. Tá louco? Vai pro tronco. Quinze chibatadas muçulmanas na bunda. Não melhorou? Apanha até o cabra parar de reclamar.
Todo mundo se acha deprimido. Todo mundo vive em crise existencial. Todo mundo cata meleca no trânsito, e esconde a catota embaixo do banco. Todo mundo diz que quer sexo, mas na verdade só quer comer a mãe. Freud era um bosta. Jung outro. Deviam ser amantes numa sessão espírita comandada pela mulher do Conan Doyle, só para serem espinafrados pelo Houdini.
Todo mundo quer ser rico. Eu não. Quero ser sustentado, só isso. Não quero ter que acessar banco pela internet. Não quero ver cifrão. Quero ver produto. Quero ter vontade de comprar uma televisão só pra quebrar, e não me preocupar com o preço. Nem com o babaca que estiver na trajetória dela quando atirar os escombros pela janela.
Quero parar na frente da gostosa da empresa, sacar o pau e grunhir como um macaco. E que ela levante a saia e me deixe enrabá-la sem vaselina ou KY ("Kié Ysso?", perguntou a bunduda). E iria gozar em quinze segundos, sem ter que me preocupar se ela também gozou ou não. Cansei de ritual de acasalamento. Cansei de me preocupar.
Cansei de chefe careca que compensa a vida brochada dando uma de Homem Caralho de Gravata. Vai foder sua avó. Vai tomar nas bolas. Amo o que faço, mas não faço o que amo. Na verdade, não amo. Amor, só de mentira. Amor é desculpa esfarrapada pra justificar o ritual anti-natural do casamento. Casamento é a morte do amor. A morte é uma solução viável. Covarde, mas os corajosos são uns idiotas. Gandhi? Otário. Dalai Lama? Cretino. Mandela? Preto velho de terreiro de macumba.
O que é que um macumbeiro pensa? Que um espírito pinguço vai ajudar? É a mesma coisa de dar a chave do carro prum mendigo, e ainda ter esperança de que ele te leve pra casa. Matar galinha preta em encruzilhada é racismo? Já enchi a cara com pinga de macumba, e vomitei nas velas. Sacrilégio de cu é rola.
Deu pra perceber que as férias acabaram?
27.7.05
À puta que o pariu!
Esporrado por Zebedeu às 10:55
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