12.7.05

Uma questão de semântica

Doutor,

sinto muito, mas desta vez a mensagem não é para você. Sim, é estranho, mas é isso aí.

O lance é que tenho recebido alguns e-mails a respeito deste blog. Já reclamei anteriormente sobre pessoas que vinham aqui apenas para beber um pouco de meu sofrimento testemunhal traduzido em frases mal construídas, mas aparentemente fui ignorado. Desta maneira, ao invés de lutar contra, vou responder à altura.

Recebo 2 tipos de resposta aos meus posts: elogios e reclamações. Como sou chato, primeiro responderei às reclamações. A maior delas é o uso da minha língua, digo, no sentido léxico. Dizem que abuso de palavrões desnecessários, que aparentemente são ofensivos demais para seus olhos e ouvidos puritanos. Assim, vou responder de uma maneira que vocês compreendam:


Prezados Srs.,

não se passa um dia sem que eu seja interpelado por Vossas Senhorias com críticas sobre a natureza perniciosa de meus escritos, assim como o tom vulgar e de baixíssimo calão empregado. Não vou me ater ao fato de que estamos em um regime democrático, e que apenas exerço meu direito de livre expressão, pois esta argumentação me parece deveras pedante e burocrática, e não pretendo incomodá-los ou ofender vossas inteligências simplesmente repetindo o óbvio. Vou, isto sim, declarar que, como já expresso anteriormente, este diário binário (binary log, ou blog) é destinado a documentar experiências extra-consultas com meu mui caro terapeuta, cujo nome abstenho-me de citar, por motivos éticos, sendo os textos de cunho pessoal, e protegidos pelo sigilo médico.

Expressa a natureza da citada mídia, é de estranhar que uma pessoa como vossa senhoria (sim, você mesmo) sinta-se ofendido com o conteúdo, visto que ele em momento algum foi criado para vosso deleite pessoal ou voyerístico. Não me interessa, em nenhum momento, analisar as causas que levaram vossa senhoria a adentrar meu singelo espaço, mas quero dizer que está o fazendo totalmente por vossa conta e risco, e à minha completa revelia. Desta feita, gostaria que vossa senhoria limitasse seus comentários a sua vida medíocre, e se preocupasse unicamente em resolver vossos próprios problemas.

E, se possível, vocês poderiam também inserir, com pouca delicadeza, seus respectivos falos em suas próprias cavidades anais. E também, se possível for, banhar-se em seus próprios excrementos e lavar o rosto em esperma.

Sem mais,
Zebedeu, aka Psicopata Enrustido



Agora, para os elogios:


Puta que o pariu, vocês são do caralho!


Doutor, semana que vem eu escrevo mais um capítulo de minha vida miserável para o senhor e para quem mais estiver a fim de compartilhá-la. Ou não.

Pau no cu.